quarta-feira, 9 de abril de 2008

Doce Recomeço...

Olá nobre visitante.

Segundo a boa educação, reza a lenda que no primeiro encontro haja todo aquele “aparato” de apresentações. Vamos a elas então:

Podem me chamar de Dehda! Tenho 26 anos, sou engenheira Civil e quase engenheira de Segurança do Trabalho, porém minha atividade profissional esta voltada à engenharia ambiental. Simples ? Nascida e criada em Criciúma/SC, localizada a 190 km de Florianópolis/SC e 290 km de Porto Alegre/RS. Quando nasci, muito bonitinha, xodozinho da família, já era um neném fofinho. O tempo foi passando e acabei me tornando uma criança gordinha e posteriormente, um adulto obeso, não sabendo ao certo o que é ser uma pessoa magra. Ao longo desses 26 anos foram várias dietas, com remédios, sem remédios, com acompanhamento, sem acompanhamento, com efeito e na maioria das vezes, com DEFEITO.

Venho de uma família obesa e a dificuldade de emagrecer é genética alem do que, aqui em casa sempre tem muita fartura na mesa e os olhos acabam comendo mais que a boca, se é que me entendem.

Ser obesa não foi um fator negativo direto na minha vida. Sempre tive poucos(as) e bons(as) amigas, o suficiente para poder confiar e ser entendida. Assim, procuro sempre cultivar essas amizades e regá-las todos os dias para que possam continuar florescendo por longos e bons anos. Não me impediu de fazer TUDO que quis, talvez com certos limites impostos pela doença. Pude trabalhar desde os 17 anos e com sucesso. Tive amores e “amores” e hoje tenho o homem mais especial que pude conhecer, meu noivo.

O problema foi que de um tempo pra cá, exatos 13 meses, minha pressão resolveu viver nas alturas e com isso surgiram as dores de cabeça insuportáveis/intermináveis. Nada baixava a maldita e foi então que comecei a perceber a obesidade como doença. Nesse tempo, descobri uma doença nos olhos chamada Ceratocone. O desespero da descoberta, a ansiedade de querer prever o futuro, as consultas intermináveis com o oftalmologista, o medo da adaptação com lentes de contato ou de um possível transplante, fizeram com que eu deixasse de lado tudo que não tivesse ligação “direta” com a obesidade, colocando a culpa das dores de cabeça nos olhos. Passado todo momento de euforia com o Ceratocone percebi que era hora de voltar a cuidar de mim por inteira.

As pesquisas intermináveis cujo assunto era Ceratocone, tomaram um rumo diferente e passaram a serem “Redução de estômago”. A decisão pela cirurgia deu-se no dia 26 de março de 2008, quando marquei consulta com dois especialistas no assunto e acreditei ser essa a solução dos meus problemas, ou seja, a eliminação dos quilos a mais.

Hoje a obesidade pra mim é tratada como uma doença grave, que aos poucos me levará a morte. Dentre vários fatores pela decisão da cirurgia, o que mais me incentiva é a vontade de ter uma família. Assim, nessa situação, tenho consciência de que uma gravidez é risco tanto pra mim quanto para o bebê, e o sonho de gerar um fruto do amor que sinto por meu noivo me dá força de correr os determinados riscos que a cirurgia traz. Além disso, a obesidade tem me tornado aos poucos uma pessoa fria e infeliz. Apesar de todo avanço da medicina.

Usarei esse pequeno espaço para dividir, com quem interessar possa, a mudança que esta começando acontecer na minha vida.

Abraços,

Jadi

0 comentários: